sexta-feira, 13 de março de 2020

Dia do Bibliotecário

"Malditos Bibliotecários! Graças  a deus pelos Bibliotecários! [...] a maioria acha que  eles são reservados e quietos e que vivem dizendo "SHHHH" para todo mundo . Agora estou convencido  de que "shhh" é simplesmente o barulho  que sai da boca deles enquanto planejam  a revolução!"                        
 Michael Moore



terça-feira, 3 de março de 2020

Kintsugi, a arte de aceitar a imperfeição


O que você faz quando quebra um objeto?
Tenta consertar, joga no lixo?
Conheça esta técnica japonesa.



Kintsugi, a arte de aceitar a imperfeição


A expressão kintsugi ou kintsukuroi pode ser traduzida como “emenda de ouro” ou “reparo com ouro”. Na cultura japonesa, esta é uma técnica usada para reparar peças de cerâmica usando uma laca especial misturada com ouro, prata ou platina. Desta forma, as partes quebradas ganham um novo status de destaque e uma nova beleza: a da imperfeição.
Na estética japonesa, esse princípio é baseado no “wabi-sabi”, que abrange a percepção do belo a partir de uma visão mais profunda da elegância discreta, da aceitação da transitoriedade da vida.

Mais do que restaurar aquilo que foi quebrado, esta técnica dá um novo significado à peça transformando-a em algo belo ao aceitar (por que não?) suas imperfeições.

De onde vem o kintsugi?
Diz-se que a técnica chegou ao Japão no período Muromachi, quando o shogun Ashikaga Yoshimitsu (1358-1408) quebrou uma de suas peças de chá e a enviou para ser consertada na China. Ao receber de volta a peça, se assustou com as remendas em metal e pediu para que um de seus artesãos encontrasse uma solução melhor e assim surgiu a técnica do kintsugi.

Fonte: Matéria originalmente publicada por Mande in Japan Por Karin Kimura

segunda-feira, 2 de março de 2020

Emergência - Mario Quintana



Emergência

Quem faz um poema abre uma janela.

Respira, tu que estás numa cela
abafada,
esse ar que entra por ela.
Por isso é que os poemas têm ritmo —
para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado.

Mario Quintana







Mario Quintana foi poeta, tradutor e jornalista.

Estreou na literatura em 1940 com o livro “A Rua dos Cataventos”. 
Traduziu as obras “Em Busca do Tempo Perdido”, de Marcel Proust,
e “Mrs. Dalloway”, de Virginia Woolf